A indústria é um dos protagonistas históricos da inovação. Foi ela quem começou escrever código – na forma de cartões de madeira perfurados que controlavam os sequenciadores de teares – e deu início à primeira de várias revoluções industriais que se seguiriam. Não é de causar espanto, portanto, que o [que virá a ser] metaverso, tão dependente de códigos e algoritmos, esteja tão próximo da indústria.
Mas antes de tudo é preciso dizer algo que pode desapontar os mais ansiosos: o metaverso não existe [ainda]. É assim que Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company, inicia sua apresentação como convidado do principal evento de inovação da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
O metaverso vem sendo fundamentado por teóricos há pelo menos 30 anos e o avanço acelerado das tecnologias tem trazido o tema para debate. Mas, apesar de toda a infraestrutura disponível, ainda estamos longe do que seria o metaverso propriamente dito.
Mas, se por um lado, experiências vendidas como tal estão muito distantes dos fundamentos de um metaverso – como games ou salas de reuniões virtualizadas -, outras estão mais próximas. É o caso dos gêmeos digitais na indústria, que permitem simular de forma extremamente precisa processos de produção para avaliação da chance de sucesso de determinado projeto sem o risco de alto impacto financeiro em caso de fracasso da experiência no mundo físico.
A palestra na íntegra, onde Silvio Meira trata do potencial do metaverso na indústria, bem como as armadilhas que o setor deve evitar, está disponível no vídeo abaixo a partir de 52’00”.