Uso excessivo de aplicativos para comunicação remota é a principal causa da má gestão do tempo, segundo lideranças ouvidas em pesquisa; saiba como transformar a tecnologia em aliada e melhore a gestão da distância em sua companhia
A pandemia mudou a maneira como nos relacionamos com o trabalho. O home office virou uma realidade e as empresas passaram a lidar com um contingente cada vez maior de funcionários trabalhando em casa. Os encontros presenciais migraram para os aplicativos de reunião online e este novo paradigma apontava para uma maior produtividade, uma vez que os encontros poderiam ser mais objetivos e ágeis, sem a necessidade, por exemplo, de perder tempo com deslocamentos. Correto? Bom, não é bem isso que ocorreu, segundo chefes ouvidos em uma pesquisa recente.
O levantamento da consultoria em gestão e educação executiva BTA Associados ouviu entre maio e junho 200 executivos em cargos de conselheiros, presidentes, vice-presidentes, diretores e gerentes de empresas. 66% deles apontaram o uso de aplicativos de e-mail, mensagem instantânea e reuniões remotas como as principais causas de desperdício de tempo; e 61% se dizem envolvidos em atividades que não geram valor ao negócio.
Segundo os líderes dessas empresas, há muitas reuniões e excesso de compartilhamento de informações desnecessárias, exigindo decisões rápidas. O conteúdo, que deveria ser analisado, processado e alinhado à estratégia, acaba sendo consumido rápido demais e o devido conhecimento não é gerado para a companhia.
Trata-se de um caso clássico onde a inovação acontece através da incorporação de tecnologias, mas sem a adoção de uma nova mentalidade incorporada à cultura organizacional capaz de administrá-la.
Segundo Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company, transformação digital estratégica é um processo de aculturação através do qual indivíduos, times e organizações são levados a mudar incrementalmente de comportamentos e estruturas analógicas para uma ecologia de plataformas digitais. Infelizmente, muitas empresas ainda acreditam que a transformação digital tem como protagonista a aquisição de novas ferramentas. Não poderiam estar mais equivocadas.
A aceleração provocada pela pandemia é um exemplo bem acabado do fenômeno. Apenas nos últimos dois anos, avançamos digitalmente pelo menos meia década. Acontece que neste período, nenhuma tecnologia especial foi inventada. O que teria mudado no período? O comportamento das pessoas, que, forçadas por uma pandemia, precisaram conviver com a supressão de parte do espaço físico e rapidamente passaram a utilizar com mais frequência o espaço digital para transações, trabalho, aprendizagem e socialização.
“A pandemia acelerou o uso de um grande número de simulacros do mundo físico, de quadros para escrever ou colar post-its a salas de reuniões para discutir de forma desestruturada e sem agenda real, concreta, que agrega valor. O resultado é o relatado na pesquisa. Existe solução. Mas é preciso usar plataformas que foram desenhadas e construídas para colaboração criativa, de forma presencial ou descentralizada, distribuída, síncrona ou assíncrona, em jornadas, por quem faz parte delas”, diz Silvio Meira.
STRATEEGIA, A PLATAFORMA DE GESTÃO E COLABORAÇÃO CRIATIVA

Silvio Meira é um dos criadores de strateegia, uma plataforma de compartilhamento e construção coletiva de conhecimento para dar suporte a colaborações criativas no espaço figital. Em strateegia, comunidades e organizações podem desenvolver aprendizados e construir estratégias em torno de desafios, a partir de dinâmicas de divergência e convergência de forma assíncrona, iterativa e incremental por meio de brainwriting e encontros remotos.

Desenvolvida a partir de experiências teóricas e práticas consolidadas ao longo de mais de 20 anos no âmbito da aprendizagem, criação de produtos e serviços e transformação de negócios, strateegia é uma ferramenta versátil que pode se adaptar a diversas necessidades e contextos, que vão desde a realização de uma atividade operacional rotineira à formulação de uma grande estratégia que venha a impactar toda uma organização, ou mesmo criar inovação e novos nichos de mercado.
Na plataforma, o usuário pode não só aplicar uma série de ferramentas consagradas (Blue Ocean, Golden Circle, Heart Framework, só para citar alguns exemplos), como experimentar as criadas e compartilhadas pela comunidade. Graças a sua característica modular e customizável, ela permite ainda a construção de jornadas a partir do zero, bem como a combinação com templates já existentes para a construção de jornadas híbridas.