
A TDS Company e a LeFil apresentaram no Rec’n’Play, o maior festival de experiências inovadoras da América Latina, uma trilha dedicada ao Marketing do Futuro. O evento aconteceu entre os dias 18 e 20 de outubro e reuniu especialistas de diversos setores para discutir as novas dinâmicas do marketing em um mundo figital. Na ocasião foi lançado o Manifesto do Marketing do Futuro da Política, com a presença de Manoel Fernandes, da Bites, e Marcelo Tas.
O Manifesto do Marketing do Futuro da Política está disponível para download gratuito em marketingdofuturo.org.
O documento, assinado por Silvio Meira, cientista-chefe da TDS; e Rosário Pompéia, sócia-fundadora da Lefil, propõe diretrizes como uma “política conectada”, um “Estado em plataformas” e mais regulação algorítmica. Como afirmou Silvio Meira, “não há espaço para a política analógica em um país digitalizado”.
A trilha do Marketing do Futuro no Rec’n’Play demonstrou a urgência de discutir as novas dinâmicas do marketing e dos negócios frente às rápidas transformações do mundo figital. Os debates trouxeram contribuições importantes sobre os desafios e oportunidades que se apresentam para empresas, governos e sociedade.
A programação, dedicada a debater os temas relacionados ao Manifesto do Marketing do Futuro – dos mesmos autores – contou com discussões nas áreas de política pública, saúde, grandes plataformas de negócios, estratégia, indústria e política.
Confira:
Marketing e negócios do centro do Recife como política pública

A trilha foi inaugurada por uma mesa redonda sobre marketing e negócios no centro da cidade do Recife como política pública. Participaram a vice-prefeita Isabella de Roldão; Claudio Marinho, CEO do Porto Marinho Ltd.; Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete do Centro Histórico da Prefeitura; e João Costa, da EMPREL.
O projeto Marketing do Futuro Recife tem como objetivo capacitar empreendedores locais para implementar novas práticas de marketing em seus negócios. A metodologia AEIOU, apresentada no Manifesto, visa impulsionar as vendas no centro da cidade e conectar os comércios a novos mercados.
Ficou evidente a importância de trazer inovação para o centro de Recife, preservando sua memória afetiva.
O futuro das grandes plataformas de negócios

No segundo dia, um painel reuniu Bernardo Cupertino Leão, diretor de marketing da Magazine Luiza; Aléxia Duffles, diretora de marketing e comunicação da MRV; e Augusto Lins, fundador da Stone. A conversa foi mediada por Silvio Meira e Rosário Pompéia.
Os participantes destacaram o papel das plataformas como ecossistemas, permitindo a criação de valor por meio da conexão entre diferentes grupos. Quanto mais usuários a plataforma atrai, maior se torna seu valor.
As estratégias devem focar em entregar benefícios tangíveis aos usuários, como conveniência e preços competitivos. O design centrado no usuário e incentivos ao engajamento ajudam a estreitar relações. Magazine Luiza, MRV e Stone foram citadas como casos de sucesso.
Além disso, foi destacada a importância de métricas e análises de custo-benefício, visando sempre impacto social positivo e sustentabilidade.
O legado de JCPM e os paradigmas do empreendedorismo

O REC’n’Play foi palco de uma entrevista pública de Silvio Meira e Rosário Pompéia com o empresário João Carlos Paes Mendonça, fundador do Grupo Bompreço, tratou de empreendedorismo e inovação.
JCPM ressaltou a importância de aprender com os erros e não ter medo de redirecionar os negócios. Ele também encorajou os jovens a buscarem felicidade e dignidade no trabalho, não apenas dinheiro.
Sua trajetória, que transformou o setor de varejo com visão e audácia, demonstra como quebrar paradigmas. JCPM foi um pioneiro em adotar inovações como código de barras e cartão fidelidade.
O poder das comunidades e tribos

Uma mesa redonda mediada por Rui Belfort, CEO da TDS, discutiu o papel de comunidades e tribos na reconfiguração dos negócios.
Participaram Socorro Macedo, sócia-fundadora da Lefil, e Sérgio Lage Carvalho, coordenador da pós-graduação da ESPM. Eles defenderam que a era do marketing transacional está arrefecendo. O futuro são relacionamentos duradouros com comunidades engajadas.
Marcas como Nike, LEGO e Magazine Luiza souberam criar alto engajamento com estratégias comunitárias bem-sucedidas. Porém, medir esse valor é um desafio que exige novas métricas.
Perspectivas para o marketing em 2024 e além

A mesa MINT24 reuniu a consultora Jo Mazzarolo, Silvio Meira e Rosário Pompéia para discutir o futuro do marketing. Ficou evidente na conversa mediada por Laurindo Ferreira, diretor do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, a necessidade de incorporar conceitos como comunidades, plataformas e efeitos de rede.
As teorias tradicionais focadas nos 4Ps (produto, preço, praça e promoção) estão se tornando obsoletas. As narrativas também mudam, já que não podem mais ser totalmente controladas pelas empresas.
O marketing precisa se adaptar, andando junto com a inovação e estratégia. Além disso, deve se tornar uma função distribuída pela organização, e não mais restrita a um único departamento.
Regulação de plataformas em debate

A questão da regulação de plataformas como Google, Facebook e WhatsApp também entrou em pauta, com a participação de Vinicius Caram, superintendente da Anatel; Joao Brant, secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; e Raquel Saraiva, presidente e fundadora do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife – IP.rec.
Foi destacada a necessidade de o governo dialogar com a sociedade para encontrar um equilíbrio entre inovação e proteção ao consumidor. Entre as propostas discutidas estão a criação de uma autoridade regulatória exclusiva para plataformas e mais proteção de dados pessoais.
Desafios e oportunidades para a indústria brasileira

A mesa redonda reuniu para discutir a indústria brasileira Luciane Nunes de Carvalho Sallas, diretora financeira da M. Dias Branco; Francisco Saboya , presidente da Embrapil; Paulo Sales, do Grupo Moura e presidente do conselho de SUAPE ; e o deputado federal Mendonça Filho..
O debate enfatizou a urgência de adaptação ao mundo digital. As empresas precisam utilizar as plataformas para se aproximar de consumidores e stakeholders. A sustentabilidade também foi ressaltada como um imperativo estratégico para os negócios.


































































