Oportunidade periférica: quando a inovação está na borda

Para muitos, a transformação dos negócios deve ser traçada a partir do núcleo duro da organização. Será?

Uma empresa devidamente preparada para garantir a sustentabilidade dos seus negócios deve ser capaz de, estrategicamente, se preparar para as oportunidades previstas ou criar as próprias oportunidades. Muito provavelmente você, leitor, já deve ter lido versões dessa frase em inúmeros manuais de administração e deve se perguntar agora quais as razões que o levariam a continuar pelos parágrafos seguintes. Avisamos de antemão que o que iremos apresentar não se trata de qualquer oportunidade, mas da periférica, que por se encontrar nas bordas do negócio, tende a ser ignorada.

AFINAL, O QUE SÃO OPORTUNIDADES PERIFÉRICAS?

Oportunidades periféricas são aquelas que orbitam a organização e que, se tratadas digital e estrategicamente,têm potencial para alavancar experiências de inovação e serem, no tempo, incorporadas pelo negócio. Infelizmente, ainda é bastante comum a noção de que as grandes oportunidades surgem no núcleo do negócio, mesmo quando o estudo das experiências exitosas no mundo inteiro aponta que a energia da transformação vem das bordas.

Não se trata de dizer que as demais oportunidades são inválidas. Pelo contrário. Acontece que a transformação traçada a partir do núcleo duro da organização é arriscada e pode implodir o negócio. A camada intermediária, dos gerentes, funciona sob pressão interna e externa, de forma que o espaço para buscar oportunidades pode travar a organização. Na superfície, onde estão os colaboradores de linha, a ligação com o negócio pode ser frágil e descolar dele a qualquer momento.

Não estando perto o suficiente do núcleo, as oportunidades periféricas, ao mesmo tempo que fazem parte das estratégias do presente, estão devidamente posicionadas para se tornar essenciais no futuro. 

COMO DESCOBRIR AS OPORTUNIDADES PERIFÉRICAS?

Mapear as oportunidades periféricas não é uma tarefa fácil, pois depende de esforços intuitivos e da habilidade de determinadas pessoas. Mas com o domínio de métodos e ferramentas corretas, essa busca pode ser estruturada. 

As transformações de um negócio devem começar pela descoberta das oportunidades periféricas existentes no presente e que devem tornar-se críticas no futuro. É preciso então desenvolvê-las através de estratégias mínimas viáveis para sua existência no negócio e validá-las por meio de experimentos. Dessa forma, evita-se confrontos e conflitos com o núcleo da organização até que a ideia amadureça de maneira incremental e iterativa e possa ser transformada em funções reais da empresa no tempo mais conveniente.

PESSOAS, SEMPRE PESSOAS

Para Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company e professor do MiST, empresas nada mais são que abstrações materializadas através de pessoas que se relacionam com outras de várias formas, inclusive – mas não só – como vendedores e clientes. 

Ao trazer as pessoas para o foco dos negócios, Silvio Meira, defende que é preciso entendê-las profundamente, conhecer seus hábitos e comportamentos e prever os desejos do futuro para só assim ser capaz de oferecer a elas a experiência que esperam.

Importante registrar que as oportunidades periféricas do presente e do futuro derivam na maioria das vezes não dos clientes atuais, mas das mudanças nos hábitos e comportamentos de  pessoas que estão no entorno do negócio. 

Identificar quem pode ocupar o espaço central do negócio no futuro exige observação profunda e capacidade de tomada rápida de decisão. Quando hábitos mudam, mercados também mudam, assim como as oportunidades. O grande desafio das empresas hoje é ser capaz de promover a sua transformação (digital) estratégica a tempo. 

“É sempre bom lembrar que ninguém controla o tempo de quase nada. Mas é preciso lidar com o tempo em quase tudo. E inovação, que é mudança, e de comportamento, demanda tempo e sempre envolve a mudança radical do negócio, de fora para dentro – o que e como fazer – e de dentro para dentro – para quê e por que fazer” – Silvio Meira, cientista-chefe da TDS Company e professor do MiST.

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