Mercado de inovação segue aquecido e salários aumentam, mas mão de obra qualificada é escassa

Setor teve alto crescimento durante a pandemia; cursos de curta a média duração na área estão mais acessíveis e são uma excelente oportunidade qualificar profissionais que desejam entrar na área ou alavancar a carreira

Dados apresentados recentemente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE dão conta de que o mercado de trabalho, fortemente impactado pela pandemia, tem dado sinais de recuperação com 94,1 milhões de ocupados, 400 mil a menos que em janeiro de 2020, período anterior à chegada do coronavirus no Brasil. O desemprego segue alto, mas a consolidação desses números são uma boa notícia para a sociedade, que viu a renda reduzir 9% e o desemprego aumentar 15% ano passado. 

Uma área, entretanto, seguiu na contramão deste cenário, não só crescendo na pandemia como permanecendo aquecida até hoje: a de inovação.

Segundo matéria publicada pela CNN em outubro passado, a demanda por profissionais da área de tecnologia, inovação e transformação digital cresceu 671%, acarretando, inclusive, um problema para as empresas: escassez de mão de obra qualificada. Outra publicação, desta vez do Olhar Digital, dá conta de que o salário na área de TI aumentou mais de 50% nas capitais brasileiras. 

Interessante notar que nos últimos dois anos nenhuma tecnologia especial foi inventada, o que desmente o senso comum de que a área de inovação está atrelada a novas máquinas. A mudança de mentalidade e comportamento é o que explica o crescimento do setor.

Forçadas pela pandemia, as pessoas precisaram conviver com a supressão de parte do espaço físico e rapidamente passaram a utilizar com mais frequência o espaço digital para transações, trabalho, aprendizagem e socialização, provocando uma aceleração digital de meia década. 

Alguns indicadores dão a dimensão do tamanho da transformação no período. A participação do e-commerce no varejo brasileiro, por exemplo, levou de 1999 a 2019 para chegar a 6%. Em 2020 saltou para 10%, incorporando, inclusive, novos setores que até então não marcavam grande presença digital. Outro fator que ajuda a explicar o crescimento da área de inovação é a própria flexibilidade do setor para acolher as mudanças no trabalho pós-covid, como o home office.

MÃO-DE-OBRA ESCASSA

De acordo com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), devem ser geradas 500 mil novas vagas na área até 2024. O setor, que paga em média, três vezes mais, apesar do alto índice de desemprego está com problemas para contratar. Faltam profissionais com formação adequada, seja pela carência de cursos na área, seja pelo acesso restrito às melhores tecnologias em um país periférico como o Brasil, passando até mesmo pela “fuga de cérebros”, profissionais qualificados que são atraídos por empresas no exterior que oferecem salários em dólar. 

COMO SE PREPARAR

“Se no passado era preciso decorar coisas, agora é preciso aprender métodos, processos e estruturas para que sejam gerados conhecimentos novos através de processos de cooperação com os sistemas, pessoas e redes ao nosso redor”. As aspas são de Silvio Meira, professor extraordinário da CESAR School e cientista-chefe da TDS Company, empresa de transformação digital situada no Recife.

Silvio Meira | Crédito: Leo Caldas

Meira, que é referência nacional nas áreas de inovação, tecnologia e empreendedorismo, é uma das vozes que apontam certo grau de desconexão entre o currículo da graduação tradicional e as demandas  cada vez mais mutáveis dos mercados. “A academia é um espaço fundamental para estruturar e produzir conhecimento. Mas as dinâmicas do mundo figital tem exigido cada vez mais do profissional capacidade para reconhecer novos problemas que surgem a toda hora e solucioná-los rapidamente. Daí a importância de ser um estudante-profissional autônomo em constante evolução: o profissional do futuro é aquele que jamais deixa de aprender e, mais importante, sabe onde aprender”.

É neste contexto que tem crescido o número de cursos de curta e média duração para pessoas interessadas em desenvolver habilidades que as qualifiquem como protagonistas do mercado da inovação. A tds.academy, unidade educacional da TDS Company, por exemplo, conta com um portfólio de dez cursos alinhados com as necessidades do atual mercado.

O currículo segue o framework conceitual prático exclusivo da TDS, que se preoca primordialmente em oferecer ao aluno formado autonomia para implantação na prática dos conceitos apresentados. 
Atualmente são oferecidos dez cursos: Decisões baseadas em dados; Starting up. Da ideia ao MVP; Como identificar oportunidades e experimentar hipóteses de soluções; Metaverso: O que é, pra que serve, como funciona?; Design-Driven Organizations; Transformação Estratégica Digital; Estratégia de Marketing no Mundo Figital; Design Instrucional e Jornadas de Aprendizagem; Prototipação de Apps No-code; e ESG para o presente e o futuro das organizações.

Crédito da imagem de capa: jcomp – www.freepik.com.

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