A resposta simples é… não. Saiba por que a indústria [4.0] precisa, para além da adoção de novas ferramentas, de uma nova mentalidade
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou este ano uma pesquisa onde identificou que 69% da indústria nacional utiliza pelo menos uma tecnologia digital. O resultado aponta um aumento significativo, uma vez que cinco anos antes, em 2016, o número era de apenas 48%. Mas será a adoção de novas ferramentas a chave da chamada indústria 4.0?
A resposta para esta questão tem várias camadas, mas já podemos adiantar que é comum a indústria cair em armadilhas como a da crença de que a digitalização dos processos pode, sozinha, gerar inovação ou promover a transformação figital.
A INDÚSTRIA NACIONAL E A TECNOLOGIA
Segundo a pesquisa da CNI, dentre as tecnologias mais adotadas estão a automação digital com sensores para controle de processo, sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento e manufatura de produtos e ferramentas digitais de relacionamento com o cliente (chatbots, atendimento ao cliente interativo, etc.).
Confira a tabela abaixo com o resultado completo da aferição.

Sem dúvida alguma a adoção dessas tecnologias é um passo importante. Acontece que a indústria 4.0 precisa, antes de tudo, ser o resultado da transformação digital de processos, produtos e serviços da indústria para seu ecossistema.
A pesquisa também apontou como barreiras internas que dificultam a adoção das tecnologias digitais o alto custo de implantação, estrutura e cultura da empresa e falta de clareza na definição do retorno sobre o investimento. Interessante notar que os dois últimos itens passam justamente pela maneira como o negócio enxerga as tecnologias, sendo a própria cultura da empresa um entrave para a mudança.
INDÚSTRIA 4.0: O QUE É E COMO ALCANÇÁ-LA
A indústria 4.0, conforme conceitua a CNI, compreende “a automação industrial e a integração de diferentes tecnologias como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem com o objetivo de promover a digitalização das atividades industriais melhorando os processos e aumentando a produtividade”.
Em seu ebook A indústria na hora da transformação digital, o cientista-chefe da TDS Company, Silvio Meira, diz que “a Revolução Industrial foi – e ainda é, pois continua evoluindo – uma das grandes ondas de inovação da história da humanidade. Porque ao tempo em que criou novas formas de produzir [novas] coisas, influenciou quase todos os aspectos da vida cotidiana”.
A observação de Silvio Meira dialoga com a definição de inovação proposta por Peter Drucker, ou seja, a mudança de comportamento de agentes, no mercado, como fornecedores de qualquer coisa. Neste contexto, fica claro como a mera compra e instalação de tecnologias não são suficientes para alcançar a inovação, como era até 2010. A sociedade tem mudado seus hábitos rapidamente e transformação digital agora virou uma questão de necessidade. E para alcançá-la é preciso adotar novas mentalidades. Não por luxo, mas por manutenção de competitividade.
DIGITALIZAÇÃO NÃO É INOVAÇÃO
A inovação que estamos testemunhando no século 21, diferente de ondas de inovação anteriores, é que agora ela é habilitada por código em larga escala no espaço figital. Neste ambiente de competição faz-se necessário que os agentes sejam dotados de competências e habilidades para escrever código, em rede, de forma ágil.
A indústria passou a ver seus produtos físicos aumentados, estendidos e habilitados pelo digital, e articulados e orquestrados pelo social. Afinal, o início da relação de boa parte dos agentes do mercado – fabricantes, revendedores, trabalhadores, clientes, governantes – com serviços e produtos, passaram a ser iniciadas através do domínio digital.
“Estamos tratando da transformação de produtos em serviços, da mutação de clientes em usuários, em mercados em rede, que são ecossistemas habilitados por plataformas figitais. E essa talvez seja a coisa que toda indústria legada, oriunda das primeiras ondas de inovação, deveria entender em termos de conhecimento do que já existe, hipóteses sobre o que deveria [deixar de] existir, experimentos que pudessem [in]validar as hipóteses, transformação de hipóteses validadas em funções de negócios e a escalada de funções de negócios em [no mínimo, facetas de] plataformas digitais”, escreve Silvio Meira.
TDS COMPANY E A INDÚSTRIA 4.0
A TDS habilita negócios para futuros figitais sem usar fórmulas prontas. Entendemos que cada cliente tem características próprias e oportunidades singulares, por isso criamos experiências únicas, especiais. Desenhadas com e por você e seu time e para vocês e seu negócio, com nossa habilitação.
Nossas jornadas capacitam e instrumentalizam seu time para reconhecer e aproveitar oportunidades de inovação e transformar aspirações do negócio em competências, habilidades e recursos, bases para competir de forma sustentável em futuros figitais.
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