economia de plataformas

plataformas e habilitação

plataformas como infraestrutura e serviços

Plataformas são camadas de infraestrutura e serviços, associadas a sistemas de governança, que habilitam múltiplos agentes a participar de redes de criação de valor em benefício próprio e do ecossistema.

Apesar da similaridade com plataformas de software, aqui, infraestrutura e serviços não se limita a hardware [computacional] e software. Estamos falando de equipamentos, produtos e serviços, normas e regras que sustentam toda uma cadeia de valor de [pelo menos] um segmento de mercado.

Ainda nessa linha de entendimento amplo do conceito de plataforma, a governança não se limita a regras de negócio de um sistema computacional, mas às regras da cadeia de valor, seus princípios, lideranças, etc.

Finalmente, os agentes aqui são todos os atores que formam a cadeia de valor, desde aqueles mais operacionais que estão na base da cadeia aqueles que a lideram, incluindo aqui pessoas que consomem, que produzem, que criam, que negociam, que legislam, que governam etc.

plataformas e negócios

plataformas como mercados

Plataformas criam mercados em rede onde muitas delas coopetem entre si. Foi-se o tempo onde havia limites entre mercados. Orientadas aos clientes, o propósito de qualquer plataforma é resolver problemas de forma mais barata, mais fácil, mais rápida e tratar todos os agentes da rede como produtores em potencial.

Para tal, é preciso reduzir conflitos de interesse e aumentar interações, através de intermediação, e aumentar o valor das interações, auxiliando agentes a criar valor contextual.

Como habilitadoras de mercados, plataformas aumentam o valor dos bens comuns disponíveis para todos na rede, além de reduzir as responsabilizações e os riscos de colapso sistêmico.

plataformas e coopetição

plataformas como ecossistemas

Uma mudança de paradigma do porte da que estamos vivenciando acontece a cada muitas décadas. A transformação digital cria novas estruturas de colaboração direta e indireta entre os agentes que formam o ecossistema do mundo figital.

Na prática, é hora de equilibrar opostos ao invés de tentar reconciliá-los. Unificar em torno de plataformas não pode significar diminuição de variedade. É na diversidade equilibrada que a economia de plataformas ganha estabilidade e ao mesmo tempo dinâmica para se manter inovadora e relevante.

Cada componente, sejam consumidores, produtores, atratores, habilitadores ou extensores do ecossistema tem seu papel, sua posição, nesse movimento contínuo de colaborar enquanto compete, em rede, digital para atribuir valor à plataforma.

É a partir do equilíbrio multifacetado e metaestável que as plataformas digitais transcendem as soluções analógicas e se posicionam como protagonistas do futuro digital não só do negócio, mas do seu e de outros mercados.

plataformas e componentes

plataformas como redes

As plataformas contemporâneas de negócio são figitais, integram diferentes redes de artefatos físicos [espaços e objetos] + redes de artefatos digitais [infraestruturas e aplicações] + redes de pessoas [individuais e coletivas] e todos os efeitos de rede resultantes dessa integração em ecossistemas de produtos, serviços.

Os artefatos físicos mais comuns nas grandes plataformas figitais atuais são os espaços de governança, os espaços de produção, os espaços de experimentação, os espaços de formação, os espaços de exposição e os diversos objetos físicos associados a cada um desses espaços.

As plataformas figitais nasceram em um contexto onde o físico está sendo ampliado pelo digital em uma espécie de simbiose em evolução. Nessas plataformas, os artefatos digitais podem ser distribuídos em dois tipos, os de infraestrutura e as aplicações que rodam sobre ela. A depender do grau de maturidade da plataforma, o nível de abstração desses artefatos muda, por exemplo, em grandes plataformas globais podem fazer de sua infraestrutura uma linguagem própria [algumas vezes exclusiva] de programação enquanto que em plataformas nascentes é possível que essa infraestrutura se baseie em plataformas nocode de terceiros [outras plataformas do ecossistema global].

A capacidade de Atrair pessoas, de Reter pessoas e de Monetizar a partir da presença dessas pessoas na plataforma são o principal valor das plataformas figitais. Nessa perspectiva, as plataformas figitais descobriram que precisam de diferentes portas para atrair essas pessoas e de diferentes trilhas para reter e monetizar depois que elas entram na plataforma. Cada uma dessas portas tem suas estratégias de Atração de pessoas, de Retenção de pessoas e de Monetização a partir da presença dessas pessoas na plataforma. Muitas plataformas retem e monetizam cruzando pessoas que entram por um porta para para outra, outras vezes oferecem diferentes produtos e serviços baseados em uma mesma porta de entrada.

A fórmula que realmente importa nessas grandes plataformas é a diferença entre o custo de Atrair pessoas + o custo de Reter pessoas vs a capacidade de Monetizar da plataforma [toda] a partir dessas pessoas.

Este texto foi escrito pelos professores Silvio Meira e André Neves.

A tds.company é a casa de strateegia, uma teoria da prática para transformação estratégica, sobre a qual escrevemos uma frase longa, ilustrada, que está disponível em pdf, no link https://bit.ly/TDSCsat. O nosso trabalho de habilitação estratégica é feito sobre uma plataforma digital que pode ser testada gratuitamente no link https://strateegia.digital.

Photo by Kevin Martin Jose on Unsplash

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