As perguntas que todo conselho deveria fazer em 2025: como fortalecer a governança em tempos de transformação
O conselho está perguntando as coisas certas?
A governança empresarial não pode ser apenas um conjunto de normas e controles. Em um ambiente de negócios cada vez mais regulado, digitalizado e orientado por novos valores sociais, os conselhos de administração precisam assumir um papel ativo na estratégia corporativa.
O desafio não é apenas garantir conformidade, mas antecipar riscos e oportunidades. Empresas bem governadas não esperam que o mercado dite as regras – elas estruturam suas decisões a partir de um modelo de governança que equilibra inovação, segurança e crescimento sustentável. Isso começa com a formulação das perguntas certas.
O que deve estar na agenda dos conselhos em 2025?
O modelo de governança atual está preparado para impulsionar inovação ou apenas para mitigar riscos? Muitas empresas ainda veem governança como um mecanismo de proteção, sem perceber que um modelo bem estruturado pode acelerar a inovação. O conselho precisa garantir que as diretrizes de governança não sejam um obstáculo ao crescimento.
O conselho está preparado para lidar com os desafios da inteligência artificial? O avanço da IA traz oportunidades e riscos. Questões éticas, impacto no emprego e governança de algoritmos são temas que precisam estar na pauta. Empresas que ignorarem esse debate podem enfrentar problemas regulatórios e perda de confiança do mercado.
A diversidade no conselho reflete a complexidade do mercado? Um conselho homogêneo tende a ter uma visão limitada sobre riscos e oportunidades. Empresas líderes já entenderam que diversidade – de gênero, formação, experiência e cultura – é um fator estratégico para a tomada de decisão.
A empresa está cumprindo as exigências regulatórias ou realmente incorporou ESG à estratégia? Atender às normas é o mínimo esperado pelo mercado. A questão central é se a empresa está integrando práticas ambientais, sociais e de governança de forma genuína ou se está apenas reagindo às pressões externas.
Quais métricas o conselho está usando para avaliar sua própria eficiência? A governança corporativa precisa ser mensurada. Conselhos de administração devem acompanhar indicadores que demonstrem o impacto de suas decisões, tanto na mitigação de riscos quanto na geração de valor.
Empresas que estruturaram conselhos preparados para o futuro
Microsoft ajustou a composição do seu conselho para incluir especialistas em tecnologia e IA, garantindo que suas decisões acompanhem o ritmo da inovação. Itaú reforçou sua governança digital para lidar com os desafios da segurança cibernética no setor financeiro. Natura estruturou um modelo de governança que coloca ESG no centro da estratégia de crescimento.
A governança corporativa não pode ser passiva. Conselhos que fazem as perguntas certas ajudam as empresas a crescer com segurança, antecipar desafios e garantir que a estratégia esteja alinhada às transformações do mercado.